Tem se falado muito sobre a importância do zoneamento para plantação da cana-de-açúcar no Brasil. Estive diversas vezes, durante o ano passado, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, em Brasília, para tratar do assunto, que culminou com a inclusão de municípios do Litoral Norte do RS na portaria do zoneamento da cana no Estado.
Ontem a Petrobras anunciou a importação de gasolina da Venezuela, numa prova de que a política brasileira para a cana-de-açúcar precisa de reforço. São três os fatores que levam à falta de etanol no mercado brasileiro: a alta do preço do açúcar, que leva os usineiros a utilizarem a cana como matéria prima desse rentável produto; a falta de chuva em zonas de plantação da planta e o aumento excessivo da frota de carros do país (de 2008 para 2009 o consumo do etanol subiu 23,9%, enquanto a da gasolina cresceu 0,9%. Na soma de todos os combustíveis, a alta de um ano para o outro foi de 3%). Além disso, desde o último dia 1º, está em vigor uma mistura menor de etanol na gasolina. Em vez dos 25%, passou a 20%. Com estoques baixos e aumento do consumo de gasolina, a Petrobras recorreu à importação.
Em resumo: aos agricultores do Brasil inteiro, mas principalmente aos do litoral gaúcho, podemos afirmar que a cana-de-açúcar tem tendência a se tornar um bom negócio num futuro bem próximo.
Fonte: Blog Gabriel Souza
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